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Planetário Professor Aristóteles Orsini

Planetário de São Paulo

 

Os Planetários são espaços para o ensino não formal de Astronomia e ciências afins e suas principais características são as salas de projeção com cúpula e, frequentemente, cadeiras com disposição circular para provocar maior sensação de imersão. Estes equipamentos permitem a representação do céu visto da Terra em qualquer época do tempo e em qualquer latitude do nosso Planeta através da utilização de um projetor Planetário, que no caso do Planetário Prof. Aristóteles Orsini, trata-se de um Starmaster ZMP da empresa alemã Carl Zeiss. Nestes ambientes de cultura e ensino é possível tornar o conhecimento científico cada vez mais acessível ao público geral e escolar através do encantamento da Astronomia. Com os recursos do planetário, é possível representar fenômenos astronômicos como os eclipses, chuva de meteoros e também os movimentos da Terra que provocam o movimento aparente da céu, a posição e deslocamento dos planetas e observar as estrelas para reconhecer constelações.

Em grandes centros metropolitanos, como São Paulo, onde a poluição luminosa provocada pelas luzes da cidade e a obstrução do horizonte por grandes prédios, os Planetários chegam para apresentar ao público como seria um horizonte e um céu ideal para observação do céu e também atua como ferramenta indispensável para o ensino de Astronomia básica, permitindo a representação de linhas imaginárias da esfera celeste e a simulação de fenômenos que já ocorreram ou que irão ocorrer, como eclipses, ocultações, conjunções, etc.

Visto a importância destes espaços estarem inseridos no cotidiano da comunidade e, por seu potencial pedagógico, estarem presentes no roteiro de atividades extracurriculares das instituições de ensino, suas funções incitam a humanidade a uma reflexão e discussão acerca do papel da ciência e da tecnologia para a sociedade e no meio ambiente, assim, a cidade de São Paulo possui dois Planetários, o primeiro, instalado no Parque do Ibirapuera e outro, instalado no Parque do Carmo. Ambos são geridos pela UMAPAZ – Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cultura de Paz, a qual desenvolve ações de Educação Ambiental da SVMA – Secretaria do Verde e Meio Ambiente.

 

 

 

Planetário Professor Aristóteles Orsini no Parque Ibirapuera

 

 

Inaugurado em janeiro de 1957, o Planetário Aristóteles Orsini foi o primeiro planetário do Brasil. O prédio é importante patrimônio histórico, científico e cultural, tombado pelo Conselho Municipal de Tombamento e Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat). Interditado em 1999 por problemas estruturais, encontra-se totalmente restaurado e abriga o projetor Starmaster, também de fabricação da alemã Carl Zeiss.

Histórico do Planetário Professor Aristóteles Orsini

Em 1951, constituíam-se grupos de trabalho na Administração Municipal, com a finalidade de organizar os eventos comemorativos do IV Centenário da Cidade de São Paulo, que ocorreria em 25 de janeiro de 1954. Por sugestão do Prof. Aristóteles Orsini, Diretor Científico da Associação dos Amadores de Astronomia de São Paulo (A.A.A.), foi enviada à “Comissão do IV Centenário”, uma série de documentos informativos sobre os planetários já existentes no mundo e era lançada a ideia da construção de um planetário para São Paulo, cuja inauguração comporia os festejos dos 400 anos da cidade.

Felizmente a semente germinou e o projetor Zeiss foi, então, comprado na administração do Prefeito Armando de Arruda Pereira. Na assembléia geral da Associação em 29 de maio de 1952, um dos sócios, o Sr. Joaquim Muller Carioba, comunicou que o projetor Zeiss havia chegado ao porto da cidade de Santos (SP). Nesse mesmo ano, o Prof. Orsini foi comissionado junto à Prefeitura do Município de São Paulo, a fim de proceder os estudos necessários à instalação do futuro Planetário de São Paulo Ainda em 1952, ele viajou para a Europa com a finalidade de visitar o Observatório Solar de Zurique e, como parte do projeto de instalação do planetário paulista, realizou um estágio no Planetário do “Palais de la Découverte”, na cidade de Paris, França. Voltando da Europa bastante entusiasmado, escreveu uma carta ao Presidente da Comissão dos Festejos do IV Centenário de São Paulo, o Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho, sugerindo a criação de um Museu de Ciências nos moldes do Palais de la Découverte, ao qual o futuro Planetário seria integrado. O projeto, entretanto, acabou não se concretizando por inúmeras razões, mas a ideia não foi totalmente abandonada por seu idealizador.

Em 1954, ocorreram os festejos do IV Centenário de São Paulo sem a existência do Planetário; o projeto do prédio não estava terminado e o projetor encontrava-se, ainda, retido no porto de Santos por questões alfandegárias. Na assembléia geral da A.A.A. em junho de 1955 foram eleitos os novos diretores para o biênio 1956/1958, permanecendo o Prof. Orsini na presidência, eleito para o cargo em 1954. Nesta assembléia foi comunicado a todos que, finalmente, o projetor Zeiss havia sido liberado pela alfândega e encontrava-se encaixotado no Viveiro Manequinho Lopes (Parque do Ibirapuera), aguardando a construção do edifício.

Em 19 de setembro de 1956, por lei estadual proposta pelo nobre Deputado Cid Franco, foi a Associação reconhecida como de utilidade pública pelo Governo do Estado e no final do mesmo ano chegava à fase final a construção do prédio do Planetário, com quase três anos de atraso em relação ao cronograma inicial.

Os trabalhos de instalação do aparelho contaram com a colaboração do Prof. Aristóteles Orsini, do Engo José Carlos Figueiredo Ferraz (na época, Secretário de Obras do Município) e do Prof. Abrahão de Moraes, Diretor Científico da A.A.A.

O custo total do aparelho foi de Cr$ 3.000.000,00, em valores de 1952, incluindo a embalagem e o transporte. Como o prédio só foi concluído em 1956, o regime cambial vigente no país criou um sério problema: a cúpula metálica destinada à projeção e que deveria ser instalada com o prédio pronto, passou de Cr$ 700.000,00 para Cr$ 5.000.000,00, valor que ultrapassava, em muito, a verba reservada para a sua aquisição. Esta dificuldade foi contornada pelo Eng. José Carlos Figueiredo Ferraz que planejou e executou a construção de uma cúpula de concreto para a realização das projeções e que foi a primeira do gênero no mundo.

Em 1956, o Prof. Orsini foi procurado pelo engenheiro Maury de Freitas Julião que, em nome do Exmo. Sr. Prefeito Wladimir de Toledo Pizza Sobrinho, lhe fez o convite para realização da apresentação inaugural e se encarregar do funcionamento inicial do Planetário.”

Em 26 de janeiro de 1957 foi, finalmente inaugurado o “Planetário Municipal de São Paulo”, sendo que sua apresentação inaugural foi proferida pelo Prof. Orsini.

Lei Municipal 12.972 de 22 março de 2000 que denomina: Planetário municipal Professor Aristóteles Orsini, o planetário do Ibirapuera e Escola Municipal de Astrofísica Professor Aristóteles Orsini a EMA.

O Planetário reabre para o público geral a partir do dia 25 de janeiro com sessões gratuitas às 10h, 12h, 15h e 17h e retirada de senhas com 30 minutos de antecedência. Será possível visitar o Planetário de terça à sexta e durante finais de semana e feriados. Nos meses de férias (janeiro, fevereiro, julho e dezembro), as sessões realizadas durante a semana serão abertas ao público em geral.

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